Source: Agile Pub

12 princípios do Agile UX

Flavio Santana
Coletivo UX
Published in
4 min readJan 31, 2017

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Agile UX ou UX Ágil é o processo de construção de produtos digitais em que o time de designers e desenvolvedores trabalham em paralelo. Sendo assim, o processo não é em cascata, ou seja, o desenvolvedor não espera o designer terminar sua parte para começar a por a mão na massa. Os dois trabalhos juntos para validar ideias de forma mais efetiva e rápida.

Por outro lado, o Lean UX é o pensamento em que o design, negócios e desenvolvimento se unem para trabalhar em um processo cíclico. Os dois caminham juntos e sua aplicação, apesar de parecer complexa, é muito útil para fazer que os produtos digitais sejam mais efetivos na sua concepção.

O gráfico apesar de inglês, exemplifica bem como eles funcionam.

Source: UXPin

Estes 12 princípios tem como base no artigo publicado no site Design Principles FTW por Guiseppe Getto que é professor e presidente do Content Garden, na Carolina do Norte. Segundo Guiseppe, esses princípios são a chave para o sucesso de um projeto de UX pois são baseados em experiências de projetos reais.

1 — Experiência do cliente (CX)

Em todo projeto, não queremos apenas que nossos clientes estejam “satisfeitos”. Queremos projetar experiências que vão de encontro as regras de negócio e contexto dos clientes. Os clientes nem sempre são usuários, mas a maioria dos clientes podem e vão usar um ou mais pontos de contato de uma determinada organização ou marca. Por isso a experiência do consumidor é muito importante para o sucesso do produto ou serviço.

2 — Aproveitar as mudanças tecnológicas e sociais

Em vez de apenas se adaptar as tecnologias atuais é preciso projetar as iterações para gerar novos e futuros contextos. Esse é o papel dos profissionais de UX: projetar novos desafios para que os usuários se adaptem a novos comportamentos.

3 — Criar cronogramas de desenvolvimento que fazem bom uso de recursos

Ser rápido é um termo relativo. A chave do Lean é o esforço dos profissionais de UX para fazer que os processos sejam melhores e não perfeitos. E fazer isso sem comprometer os usuários e recursos disponíveis nos projetos.

4 — Colaboração adaptativa

O grau de colaboração muda de projeto para projeto. Alguns problemas claramente se enquadram no âmbito de um especialista em particular enquanto alguns vão exigir uma equipe inteira para resolver. A colaboração adaptativa acontece até mesmo com usuários que identificam problemas e em alguns casos, eles mesmo resolvem.

Source: Memorial Union Reinvestment

5 — Projetos que incluem pessoas motivadas

As restrições organizacionais e tecnológicas devem sempre ser levadas em consideração. Não é uma boa prática aconselhar as organizações a investir esforços, financeiros ou não, se elas não tiverem a capacidade de se sustentar caso alguma coisa falhe durante o processo. A mudança sempre deve ser incentivada tanto para as empresas quanto para as pessoas.

6 — Comunicação eficaz através dos canais entre equipes

Em vez de exigir uma forma de comunicação, esforce-se para construir uma comunicação mais coordenada entre os indivíduos dentro das equipes. Isso seria mais uma abordagem tática, inter-funcional e de comunicação. Ferramentas que promovem design colaborativo como Slack e UXPin ajudam a consolidar documentação e feedback em um só lugar.

7 — Aplicar UX de alta qualidade com benchmarks de sucesso

Seu aplicativo pode fazer um milhão de decisões para os usuários no primeiro toque de tecla ou em cada interação, mas se os usuários não perceberem valor no seu produto, provavelmente ele falhará.

8 — Desenvolvimento sustentável

Alguns recursos dentro de uma aplicação específica provavelmente se tornarão obsoletos em versões futuras. Novos recursos também são a força vital de lançamentos de produtos bem-sucedidos. As iterações dos produtos devem ser sempre um ato de equilíbrio entre o que os clientes existentes esperam e o que os novos clientes precisam.

9 — A excelência técnica é relativa

Em algumas organizações, como instituições de ensino superior ou organizações sem fins lucrativos, por exemplo, as soluções mais viáveis ​​podem ser consideradas obsoletas em outros locais. É importante olhar para cada um e identificar a necessidade de cada projeto independente da tecnologia a ser usada.

10 — Simplicidade

Depende muito. A solução mais simples nem sempre é a melhor, especialmente se essa solução negligenciar as realidades de usuário, organizacionais ou técnicas.

11 — Equipes multifuncionais

A especialização em UX não é um bicho de 7 cabeças. Isolamentos que são o verdadeiro problema. Quando os especialistas não falam uns com os outros, recebemos produtos que negligenciam um ou mais elementos. O importante é manter a comunicação dentro das organizações para que os projetos aconteçam de forma eficaz.

12 — Equipes adaptáveis ​​e flexíveis

O desconforto no time de design é aceitável? Sair fora da zona de conforto é visto com maus olhos? É preciso ter equipes de projeto com fome para aprender o que os usuários querem e o que as tecnologias exigem. Grandes equipes de design são grandes improvisadores.

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